IMBIRUÇU, EMBIRUÇU
Família: Malvaceae
Onde é encontrada: Encontrada nas matas, tanto em regiões da Mata Atlântica quanto do Cerrado.
Características: Árvore de médio porte, 15 a 20 metros de altura. Folhas digitadas, 4 a 9 foliolos. Flores brancas muito bonitas, geralmente aparecem com a árvore sem folhas. Fruto capsula que se abre mostrando sementes pequenas, envoltas em paina marrom. Germinação fácil, desenvolvimento da muda rápido.
Utilidades: Aproveitamento em paisagismo pela sua beleza. Melífera.
Época de floração e frutificação: Floresce em Julho, frutos em Outubro.
Descrição:
Espécie arbórea (árvore), de caráter decíduo. As árvores maiores atingem dimensões próximas a 25 m de altura e 90 cm de DAP (diâmetro à altura do peito, medido a 1,30 m do solo), na idade adulta. Foi observado que, ao se desenvolvem diretamente sobre afloramentos calcários, plantas dessa espécie apresentam padrões de caducifolia e de brotamento mais precoces que aquelas presentes no entorno dos afloramentos, indicando mecanismos eficientes de economia hídrica. Tronco liso e comprido, reto a levemente tortuoso e inerme. Ramificação racemosa, com esgalhamento ralo e irregular. Casca com espessura de até 10 mm. A casca externa ou ritidoma é cinzento-clara, profundamente fendida em sentido vertical. A casca interna é vermelha. Folhas compostas, pecioladas, digitadas, com 4 a 11 folíolos e apresentam estípulas caducas. Os pecíolos são longitudinalmente estriados, medindo de 7 cm a 35 cm de comprimento. Apresentam folíolos não articulados, sésseis ou com pecíolos de 0,3 cm a 1 cm de comprimento (raramente medem 2 cm). Possuem lâmina foliar elíptica, oval, oboval, ovalelíptica ou elíptico-oblonga, com ápice obtuso, agudo ou acuminado, margem inteira, glabra na face superior e glabra ou esparsamente lepidota na face inferior, medindo de 5,5 cm a 28 cm de comprimento e 2,5 cm a 10,5 cm de largura, com 10 a 32 nervuras laterais. Inflorescências: em cimeiras bifloras subterminais e pedunculadas. Flores hermafroditas, vistosas e grandes, brancas, solitárias, terminais, actinomorfas, pentâmeras, com cálice cupuliforme, truncado ou cinco-lobulado, externamente lepidoto e internamente dourado-viloso. As pétalas são carnosas e pilosas. O odor das flores é fortemente adocicado e desagradável, e sua intensidade varia com o estágio de antese. Fruto cápsula cheia de sementes pretas, munidas de pêlo ou paina. Sementes de coloração marrom-clara, são pequenas, achatadas, redondas, envoltas por pêlos branco-amarelados (paina), muito leves, elásticos e lustrosos. (CARVALHO, 2008)
Hábitos, ecologia:
Possui essas flores grandes e de cor creme com muitos estames (de 200 a 300), além de um odor adocicado bastante desagradável, indicando uma síndrome de polinização por morcegos, como o Glossophaga soricina. As flores sempre surgem quando a árvore está sem as folhas, localizadas no ápice dos ramos. Os frutos, capsulares e alongados, possuem paina em seu interior, que ajuda a levar as sementes extremamente leves para longe, quando caem sobre a água podem boiar por um longo trecho, para que as corredeiras e o vento as dispersem. Os frutos são bastante atacados por psitacídeos, como periquitos e tirivas. Esta planta ocorre geralmente em formações de floresta ombrófila densa e da floresta estacional semidecidual.
Usos:
Energético: A madeira pode ser usada como lenha.
Madeireiro: A madeira desta espécie é muito leve e de baixíssima durabilidade natural, adequada neste sentido, apenas para caixotaria e pequenos usos na marcenaria.
Ornamental: Belíssima espécie, de floração exuberante e frutos que liberam uma paina amarela e atraem psitacídeos, que se alimentam das sementes.
Recuperação de Áreas Degradadas: De rápido crescimento, esta espécie é adequada para esta finalidade.
Outros: A madeira é adequada para fabricação de celulose.
Grupo de Plantio: P
Extinção:
Sucessional:
Formação Vegetal:
Dispersão:
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